Ataque de birra: e agora? Como lidar?
- Carolina Salata
- 22 de ago. de 2018
- 2 min de leitura

Se caso seu filho nunca tenha feito birra, aposto que, em algum momento, você já presenciou alguma cena onde a criança está fazendo birra e os pais parecem perdidos e envergonhados. Geralmente, as pessoas que estão ao redor observando a situação acham que a culpa é dos pais. Será que é? Com certeza!
Você sabe porque a criança faz birra?
Pode ser por sono, vontade não satisfeita, teimosia, entre outros. Mas, a principal justificativa é a falta de limites.
O problema não é a situação da birra em público, mas sim, das dificuldades de educar e colocar limites em casa.
Educar dá trabalho. Um exemplo comum de vermos é que, muitas vezes, os pais chegam cansados do trabalho e se rendem às vontades dos filhos para evitar birras e mais cansaço. É nessas pequenas brechas que a criança vai se acostumando e aprendendo que a vontade dela pode ser realizada e que, para isso, basta uma birrinha. E assim segue, dentro e fora de casa.
Uma dica valiosa é saber ser firme e manter-se tranquilo. Sei que muitas vezes isso foge do alcance e a paciência fica por um fio, mas é necessário não ceder à vontade da criança. Procure evitar dar importância à birra, respire e se acalme. Assim que estiver calmo, chame a criança e se sente ou abaixe. Procure ficar da altura dela e inicie uma conversa. Seja acolhedor pois, em um momento de birra, o que mais a criança precisa é de calma e acolhimento.
Colocar limites e ensinar regras é um ato de amor. Quando falta isso na vida da criança, ela pode se sentir não amada. Amor é cuidar do outro e, também, ensinar a lidar com frustrações.
Outra dica bacana é dar nome ao que a criança está sentindo. Explique a ela qual o nome da emoção que ela sente naquele momento e como ela pode se sentir melhor.
Procure ter tempo com seu filho(a), mesmo que a vida seja corrida. Uma refeição juntos na mesa ou uma conversa antes de dormir fazem toda a diferença. O que importa não é o total de horas que fica ao lado da criança, mas, sim, a qualidade deste tempo. Hoje em dia, vejo tantos pais que ficam em casa 24 horas conectados na internet e esquecem que tem filhos dentro de casa. Então, não adianta estar presente e ser ausente.
Muitos pais me dizem que em um momento de birra, colocam o filho de castigo. Eu não sou a favor do castigo porque a criança já se encontra irritada e, colocá-la de castigo, fará com que ela se sinta pior ainda. A melhor solução de problemas é, e sempre será, o diálogo.
Espero que tenha gostado do texto de hoje.
Para dúvida ou sugestões, deixe seu comentário.
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Carolina Regina Salata é graduada em Psicologia pela Universidade Paulista (UNIP), pós-graduanda em Psicopedagogia Clínica e Institucional pela Faculdade Metropolitana. Realiza Orientação Vocacional e atendimento clínico de crianças e adolescentes, e orientação de pais na cidade de Ribeirão Preto/SP. É colunista no blog Vida Bem Vivida (coluna Livros & Filmes). Adora escrever histórias infantis e contos de fadas. CRP 06/125573.
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