Dependência afetiva
- Márcia Resende
- 28 de jul. de 2018
- 3 min de leitura

Dependência pressupõe estar vinculado a algo, ou alguém, sem permitir-se a liberdade de escolha, o que significa limitar as nossas opções, assumindo um estado de dependência com receio de ampliar e perceber o que existe, além do que acreditamos ser a única forma ou opção.
A dependência pode ser um comportamento desenvolvido em muitos setores e de formas diferentes. Aqui, quero destacar a sua manifestação no contexto afetivo, onde as pessoas, em grande parte, confundem amor com dependência.
Pode parecer “bonito“ mostrar que sem aquela relação ou aquela pessoa a vida deixa de ter sentido … frase essa que parece despertar os corações frágeis que acreditam que o amor é mostrar que “sem” inexiste vida!
Toda vez que alguém demonstra que o relacionamento afetivo é a razão da vida, há algum desequilíbrio nessa vida. Lembrando que essa dedicação pode gerar muitas aspas para ambos os envolvidos.
Então, vamos lá! Como podemos identificar uma relação de amor e de dependência, considerando que algumas pessoas acreditam ser romântico depender do outro?
Dependência
É um sentimento de posse em que há o desejo de controlar os passos, escolhas e experiências do outro, como se tudo ofertasse uma grande ameaça para a relação.
Cobrança indireta ou direta de demonstração de afeto e de compromisso.
Medo constante de perder ou de ser enganado na relação.
Demonstrações de ciúme e construção de fantasias que gerem um desconforto e vontade de minimizar o convívio com outras pessoas.
Desenvolver, na outra parte, o mesmo desejo de dependência, demonstrando que é a única pessoa que pode ofertar amor.
Verbalizar e demonstrar que qualquer movimento de autonomia é uma grande ameaça ao relacionamento.
Evitar o autodesenvolvimento pessoal da outra pessoa, reconhecendo que qualquer evolução pessoal ou profissional pode significar uma ruptura.
Mostrar que o amor verdadeiro é esse, que um está atrelado ao outro, como única forma de ser feliz.
Tirar a importância de outros setores e atividades, para reduzir as opções de ser feliz de várias maneiras.
Querer melhorar e mudar o outro.
Amor
Um sentimento de liberdade em sentir, e de ficar feliz por sentir.
Respeito com a independência do outro e com a própria.
O relacionamento é uma opção livre e madura, que nasce e se mantém pelo coração.
Comunicação amorosa e transparente sobre inseguranças e receios.
Ter a segurança em estar com alguém por livre opção e com a certeza de que o que irá manter a relação é o amor, vivendo o presente.
Considerar que mesmo num relacionamento amoroso existem outros temas importantes na vida e outros papéis que desenvolvemos.
Buscar o autodesenvolvimento e apoiar o desenvolvimento da outra pessoa.
Sentir o amor como um presente interno e externalizar o seu melhor.
Desfrutar da realização em outros setores da sua vida e celebrar, com o outro, as suas realizações.
Querer melhor a si mesmo por meio do amor!
Avalie se você deseja viver uma relação de amor e o que você pode transformar em suas crenças para permitir-se esse merecimento, afinal, só é possível viver o amor quando acreditamos que somos merecedores!!!!!
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Márcia Resende é Graduada em Psicologia, Pós graduada em Criatividade e Cultura Corporativa e especialista em Recursos Humanos (USP/SP). É Sócia Diretora do Instituto de Thalentos e possui MBA em Marketing. Conselheira, Mediadora e Coaching de atuação estratégica. Idealizadora do método da Engenharia da Felicidade e do método de Coaching eficaz com PNL. É instrutora dos cursos de formação em PNL (Practitioner em PNL, Máster em PNL e Trainer Advanced em PNL).
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