O que é depressão infantil | (2/2)
- Andréia Krug
- 18 de jul. de 2018
- 2 min de leitura

Foi-se o tempo em que tínhamos uma fantasia de que as crianças eram imunes a problemas e a dor, como também a quadros psicopatológicos. No entanto, a depressão na infância tem chamado a atenção dos profissionais de saúde e causado preocupações nos pais.
Os pais precisam estar atentos aos sinais de depressão:
Irritabilidade, humor depressivo, perda de interesse na maioria das atividades ou incapacidade de sentir prazer nelas.
Dificuldade de raciocínio ou de concentração.
Falta ou excesso de apetite.
Diminuição ou aumento das necessidades de sono.
A criança tem sentimento de culpa e de desvalorização de si mesma.
Falta de energia.
Ideias de morte ou suicídio ou tentativas de suicídio.
Entretanto, é difícil de identificar a depressão devido a outros transtornos associados como a presença de déficit de atenção e hiperatividade e etc., e também pelo fato da criança, dependendo da faixa etária, possuir dificuldades de nomear sentimentos. São comuns as queixas de dores de cabeça e dores abdominais (dor de barriga).
Quais são os fatores desencadeantes da depressão infantil?
As causas da depressão infantil podem estar relacionadas com problemas conjugais dos pais, o abandono afetivo, a morte de um dos genitores ou dos avós, maus-tratos dentro da família, problemas de aprendizagem, abuso sexual e bullying. Pode haver causas biológicas e hereditárias, como por exemplo, um dos pais também ter depressão.
Contudo, é preciso ter um certo cuidado para diferenciar a depressão infantil da tristeza. A tristeza é algo normal e passageira, porém, ainda muitas pessoas confundem esse sentimento com um quadro depressivo. Não é por que seu filho perdeu num jogo de futebol que ele irá ficar deprimido. Pelo contrário, ele ficará apenas triste. A depressão é diferente, pois é uma tristeza excessivamente prolongada ou desproporcionalmente profunda.
O tratamento psicoterápico pode começar com crianças à partir dos 4 anos de idade para ajudar num melhor enfrentamento dos seus problemas e permitindo a criação de melhores hábitos. Contudo, é necessário o envolvimento dos pais e dos professores para seguir as orientações do dia-a-dia, que são essenciais para manutenção do foco e atenção da criança.
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Andréia Krug é Graduada em Psicologia na Universidade Luterana do Brasil (ULBRA), Pós-graduada em Psicopedagogia Clínica e Institucional na Universidade Ritter dos Reis (UniRitter) e com especialização em Psicologia Jurídica (ClipMed). CRP 07/14023. Atende crianças, adolescentes e adultos utilizando a Terapia do Esquema. Realiza orientação de pais e atendimento de orientação on-line. Faz consultoria escolar, avaliação psicológica, palestras e workshops.
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