Como lidar com os terríveis dois anos? | (01/02)
- Andréia Krug
- 11 de jul. de 2018
- 2 min de leitura

Conhecido como os “terríveis dois anos” (terrible two) ou “infância da adolescência”, se caracteriza por ataques de birra ou malcriações quando a criança tem sua vontade contrariada e, por isso, tem crises de choro, gritos, falta de ar, pontapés, morder-se, atirar-se no chão, além de dizer “não” a tudo que lhes é pedido. Esta fase de rebeldia pode começar bem antes, entre 1 ano e 6 meses ou com 2 anos e meio.
Apesar de as birras serem totalmente normais, se torna difícil para os pais e também para os pequenos. A crise dos 2 anos é a fase que a criança se comporta de forma opositiva aos genitores. Isto acontece, pois esta está tomando consciência de si mesma, coincidindo com a aquisição do caminhar, onde passa a querer ser mais independente. Então, com isso, precisa tomar decisões e fazer escolhas por sim mesma, o que faz com que tenha uma grande resistência em seguir os pedidos dos pais.
As birras possuem fatores desencadeantes que estão relacionados ao cansaço, sono, fome, alimentação, a hora de deitar ou a falta de atenção.
E como os pais podem lidar com os terríveis dois anos?
Em primeiro lugar, o ideal é manter a calma diante dos comportamentos de birra. Não adianta gritar com seu filho, pois só vai piorar a situação. Procure entender que a criança ainda não está com a fala totalmente desenvolvida, portanto, possui dificuldade de comunicar as coisas de forma clara.
Para prevenir que as birras aconteçam fora de casa, o ideal é conversar com a criança antes, explicando aonde vão, como você espera que ela se comporte e quais as consequências para seu mau comportamento.
Procure não reforçar o mau comportamento, pois isso tende a diminuir a frequência da birra. Da mesma maneira, deve-se reforçar quando a criança tiver um bom comportamento. Também, não negocie com seu filho no momento da crise, exceto se for passível de negociação. Jamais ceda às birras.
É preciso deixar regras bem clara e fáceis de entender. Assim como conversar quando a criança estiver mais calma, de preferência se posicionando na mesma altura dela. É sempre importante que ela compreenda o que fez e o porquê de sua ação.
Evite dar broncas no seu filho na frente de outras pessoas para que ele não se sinta constrangido. Outra opção é mudar o foco da birra com algum brinquedo, um livro ou, também, ignorar este comportamento.
É necessário que os pais estejam atentos a alguns comportamentos, tais como:
Aumento da frequência, duração e intensidade das crises de birra;
Destruição de brinquedos e objetos;
Quando a criança se magoa ou magoa os outros;
As crises ocorrem na escola;
Reações agressivas dos pais às birras do filho.
São sinais de alerta para procurar uma orientação psicológica para ajudar a enfrentar esta fase do desenvolvimento infantil.
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Andréia Krug é Graduada em Psicologia na Universidade Luterana do Brasil (ULBRA), Pós-graduada em Psicopedagogia Clínica e Institucional na Universidade Ritter dos Reis (UniRitter) e com especialização em Psicologia Jurídica (ClipMed). CRP 07/14023. Atende crianças, adolescentes e adultos utilizando a Terapia do Esquema. Realiza orientação de pais e atendimento de orientação on-line. Faz consultoria escolar, avaliação psicológica, palestras e workshops.
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