Amor - Ninguém tem o poder de te fazer feliz
- Márcia Resende
- 1 de jun. de 2018
- 3 min de leitura

Outro dia, em uma conversa despreocupada num jantar, algumas amigas e amigos falavam de seus relacionamentos afetivos e, no meio das reflexões entre uma garfada e outra, alguém vira
e diz:
Amar é fazer o outro feliz!
Lembrei de uns livrinhos que existiam em minha adolescência com a frase sempre inicial de Amar é……
Porém, dado o tempo que passou entre o livrinho e naquele momento ao lado de pessoas queridas, maduras e sensatas, quase que engasguei ao pensar que além de amar ainda é importante fazer o outro feliz!
Naturalmente, com uma pausa suave, introduzi a minha pergunta: como alguém pode garantir que fará outro alguém feliz?
E se isso poderia virar um “jogo de manipulação”, onde alguém tem que me fazer feliz. E se não fizer o que eu quero? Talvez eu me torne infeliz. Só para lembrar que, quem me ama, não está um ser antagônico ao amor!
Percebi, com espanto, que meus amigos começaram a argumentar sobre um amor idealizado, cheio de regras e deveres e em que atender aos caprichos do outro para ele mostrar que é feliz, faria o casal ser realmente feliz!
E confesso que foi uma experiência maravilhosa ouvir tantos deveres e práticas para uma arte sensível que requer sentir mais do que fazer!
E hoje quero convidá-los a pensarem sobre o amor que desejam viver, se é um amor ditatorial que está próximo da manipulação de “egos" para egos ou o amor que se dedica a entregar o melhor que possui.
O amor é um sentimento que, em sua pura forma, nos faz felizes se realmente respeitarmos a pessoa amada como ela é e sem querer garantias de que será feliz ao nosso lado.
Afinal, o amor nos faz felizes. Penso que se vivêssemos o que sentimos, a felicidade do outro poderia ser uma conquista dele e, em aliança de cumplicidade e amor, desfrutaríamos desse momento mágico e da liberdade honesta que o amor permite termos, se quisermos.
O amor é muito mais para quem o sente do que na certeza de possuir o outro e condicionar a felicidade dele ao meu sentir.
O seu amor poderia existir para você sentir que está vivo e pode falar palavras mais doces, gentis e verdadeiras para o outro.
Que você pode realizar gestos de desprendimento, desnudando-se com coragem do coração para demonstrar o quanto gosta da outra pessoa, sem querer, na partida, a garantia que “ela“ ficará feliz por ser amada por você e que você irá garantir a felicidade dela.
Quase que Narcisicamente fechando o mundo para existir uma única fonte de felicidade: você!
Essa forma de pensar em amor é quase que cruel com os envolvidos, pois o amor é espontâneo e sua beleza está nessa autenticidade.
O amor é livre, somos escolhidos pelo coração e pela alma, mesmo que alguns vivam a ilusão do controle!
Quando há sofrimento, o sentimento é diferente de amor. Normalmente é posse, egoísmo e jogo de poder!
Pense: o que é importante você mudar para viver o amor, que ninguém te faz feliz, você é feliz por amar alguém!
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Márcia Resende é Graduada em Psicologia, Pós graduada em Criatividade e Cultura Corporativa e especialista em Recursos Humanos (USP/SP). É Sócia Diretora do Instituto de Thalentos e possui MBA em Marketing. Conselheira, Mediadora e Coaching de atuação estratégica. Idealizadora do método da Engenharia da Felicidade e do método de Coaching eficaz com PNL. É instrutora dos cursos de formação em PNL (Practitioner em PNL, Máster em PNL e Trainer Advanced em PNL).
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