Palavras e sua influência nos relacionamentos
- Márcia Resende
- 4 de mai. de 2018
- 4 min de leitura

Palavras são formas concretas de expressar o que está dentro de nossa mente. Saber utilizá-las para desenvolver relacionamentos de amorosidade, carinho, respeito, cumplicidade, prazer e felicidade é possível quando o objetivo é entregar amor!
Tenho muitos clientes que me dizem que desacreditam no amor, algo que sempre toca minha alma e meu coração, pois fico realmente sensível a alguém que está aqui sem tornar sua experiência valiosa!
O amor nos trona mais conectados à nossa essência e o que de fato fará sentido em nossa vida, que pode ser bem vivida ou pouco vivida, dependendo da forma que escolhermos estar presente. Muitos desejam a garantia de receber amor, algo que poderia ser uma resultante dos nossos gestos e práticas, com o amor que podemos entregar.
O amor é diferente de um jogo de poder. Quando essa visão é alcançada tudo pode ficar muito simples de ser vivido e seus poderes serão maiores do que a ilusão de ter o “poder" sobre o outro. Um foco que na sua sutileza descontrai qualquer experiência de amor!
Então, tenho descoberto com grande espanto que a forma de alguns exercitarem seu “poder" que empobrece o amor é usar as palavras de forma a desconstruir o que une. Palavras de sarcasmos, desconfiança, ameaça, desvalia e desprezo compõe o repertório de muitos, naturalmente gerando alto custo ao executor da ação e de quem se relaciona com ele. Além de usar as palavras inadequadamente, é uma estratégia para os que desacreditam no amor ocultar o que se sente e falar algo que seja o oposto, como uma forma de se proteger. Um dia desses ouvi uma mulher me falar que não iria falar para seu namorado que estava feliz com o gesto que ele teve, de fazer uma gentileza, deslocando-se até a sua cidade depois de uma viagem exaustiva de trabalho para realizar um jantar em sua companhia e demonstrar que estava com saudades. Ela me disse que falar que estava feliz poderia demonstrar uma fragilidade e ele poderia sentir-se seguro demais!
Olhei para a explicação complexa como uma armadilha para viver um jogo, onde inexistem ganhadores! Disse que o seu amado certamente estava realizando algo para demonstrar afeto e, quanto mais afeto fosse expresso da parte dela, certamente faria ele mais aberto a entregar mais amor. Esse é o ciclo virtuoso do amor e da vida!
Ela disse que iria fazer um teste e fazer uma comunicação especifica do gesto dele e o fez. Há duas semanas, me encontrou e me disse que “milagrosamente” sua comunicação foi recebida e retribuída de uma forma muito carinhosa!
Conversamos sobre o “milagre”, disse que o efeito é resposta da sua honestidade afetiva comunicada com gentileza, algo que, por alguma razão, está esquecido em nosso vocabulário, principalmente das relações afetivas, profissionais, familiares, fraternais e espirituais.
Falar mais do bem que percebemos no outro e no bem que recebemos que vem do outro tornou-se algo raro e que foi distorcido como fragilidade. Falar o que apreciamos em alguém é uma forma de sermos verdadeiros e semear bons sentimentos a partir do nosso coração, que é percebido pelo outro, quando é autêntico, como algo muito valioso para estabelecermos relacionamentos que façam bem!
Isso é maior do que elogiar, também algo que ficou como uma ação “fake“ nada autêntica. Então, realmente fazer uso das palavras para falarmos o que nos faz bem na interação com o outro pode abrir espaço para uma relação de sólida base e habitualmente prazerosa!
Outro fator que limita as pessoas serem verdadeiras no seu sentir e contarem com palavras doces, amorosas e objetivas o quanto o outro faz bem e o quanto é especial a relação, é a síndrome nociva da comparação.
É impressionante como muitos casais, familiares, amigos e profissionais se comparam com o outro e ficam em desconforto ao perceberem qualidades e comportamentos admiráveis e envolventes do outro.
Há uma miopia nessa forma de considerar a situação; comparar-se com o outro é desleal com os dois lados! Somos diferentes, com história pregressa distinta e com objetivos especificamente distintos, mesmo que tenhamos objetivos em comum. O que nos motiva pode ser algo particular e temos uma estrutura de crenças internas diferente. Isso define nossa singularidade. A singularidade de cada ser é sua beleza maior e inviabiliza a comparação com outro ser e, ao mesmo tempo nos, oferta uma oportunidade única de unirmos nossas singularidades para construirmos algo maior e melhor!
Poderia generalizar que toda a relação tem essa meta em sua função em existir. Assim poderíamos agir de forma mais abundante em nosso reconhecimento do que o outro tem de valioso e falar mais o que é valioso, ao invés de pontuar o que limita!
Está provado que o cérebro é receptivo aos retornos que demonstram o valor de uma ação. Então, pense o que você deseja falar de realmente valioso que o outro oferta na interação com você. Talvez, você descubra um poder novo de ser transparente no seu sentir, que te fará alguém mais confiante e que pode gerar no ambiente maior confiança!
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Márcia Resende é Graduada em Psicologia, Pós graduada em Criatividade e Cultura Corporativa e especialista em Recursos Humanos (USP/SP). É Sócia Diretora do Instituto de Thalentos e possui MBA em Marketing. Conselheira, Mediadora e Coaching de atuação estratégica. Idealizadora do método da Engenharia da Felicidade e do método de Coaching eficaz com PNL. É instrutora dos cursos de formação em PNL (Practitioner em PNL, Máster em PNL e Trainer Advanced em PNL).
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