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Amor: auto cobrança de se ter alguém


Apesar de vivermos em uma sociedade que se considera moderna, existem padrões ou crenças que nos mantém reféns de uma mente quase medieval, talvez parada no século XIII. Quando o tema é amor principalmente, há muita dicotomia entre o agora e o passado.

Primeira informação importante, aproveitando o tema Idade Média e a influência, na época, da Igreja Católica, amor é diferente de casamento ou união; talvez essa herança que ronda quase que fantasmagoricamente a mente e o coração de muitos traga essa fragmentação interna. Vejo que muitas pessoas se cobram um relacionamento, como se fosse um quesito de normalidade ou comprovação da mesma, considerando que essa determinação pode tornar homens e mulheres quase que desesperados de acharem um “parceiro" para sua meta de relacionamento. Então, com essa meta, inicia-se um processo desgastante de auto cobrança e ausência de auto amor. Sei que esses termos podem soar um tanto autoajuda barata, porém, esquecendo os preconceitos com a indústria de autoajuda, o fato é que sem auto amor inexiste a experiência de amor com outra pessoa.

Então, sair em busca de uma pessoa para relacionar-se pode ser uma tarefa fadada ao insucesso, se o combustível estiver pautado em atender à necessidade social de mostrar-se alguém que consegue ter um relacionamento, independente do sentir e da sua satisfação interna. Certamente, estará agindo para manter uma estrutura que teve a sua origem no século XI.

Naturalmente, digo sempre que uma união pautada em uma aliança de amor, prazer e liberdade é extremamente valiosa quando respeita ambos os envolvidos e proporciona o melhor de cada um, afinal, o amor é entregarmos com maior frequência o nosso melhor!

Porém, o comportamento de ansiedade em ter um relacionamento pode tirar a beleza do amor. Quando se tornar uma condição para você ser feliz, algo foge da naturalidade.

Então vamos refletir e, quem sabe, se vicie desejar transformar alguns modelos que limitam a experiência de uma aliança afetiva:

1. É obrigatório ter alguém para ser feliz!

Uma pessoa que vive com essa determinação terá pouca liberdade de escolher o relacionamento que deseja viver e com quem deseja viver, pois, o sentido de urgência pode tirar a espontaneidade de sentir.

Podemos observar que algumas pessoas ficam tensas ao realizar a busca por alguém sem, muitas vezes, olhar quem é esse alguém, o que fragiliza muito os relacionamentos e faz os parceiros viverem o medo do que pode acontecer. Assim nasce, em grande parte das vezes, uma relação de controle e insegurança.

Afinal, há uma crença de que, sem alguém, o que resta é a infelicidade!

Logicamente, viver o amor numa relação a dois é maravilhoso se for naturalmente um encontro de sentimentos, valores, objetivos, afinidades e pele! Uma relação desprovida da obrigatoriedade é de melhor qualidade e longevidade.

É importante estar feliz comigo e minha vida para ser feliz naturalmente com alguém! 2. Por que meus relacionamentos não dão certo?

Essa indagação demonstra a indignação, como se fosse limitante os relacionamentos terem um desfecho diferente do esperado. Normalmente, diante dessa visão e modelo mental, todo o relacionamento que se inicia fica sensível ao pensamento de que em, algum momento, irão fracassar. Aprendi algo muito valioso: que todo relacionamento, independente do tempo, cumpre uma importante razão em nosso desenvolvimento. Então, a fantasia infantil do “para sempre” limita muitas pessoas a valorizarem sua experiência.

Nada nessa vida acaba antes do tempo. O que pode ocorrer é que a maneira de lidar com o relacionamento pode limitar sua longevidade. Porém, será um experiência para aprimorar as práticas dentro de um relacionamento.

Outro fator importante é que uma relação que está sendo comparada a algum modelo externo está frágil. Quando um casal tem sinergia e conexão irá desenvolver sua própria forma de viver o amor.

O seu relacionamento dará certo a cada minuto, quando você está inteiro na relação! 3. Para me sentir bem é importante ser amado por alguém!

Esse pensamento gera relacionamentos de co-dependência e minimizam a confiança de uma pessoa que deseja desenvolver um relacionamento embasado em amor! O amor é livre em sua expressão e é antagônico ao mesmo tempo por querer prender alguém para sentir-se bem!

Então, grande parte dos relacionamentos estão estruturados nesse ausência de segurança em que manter o outro para nutrir o seu próprio bem estar é chamado de amor, quando verdadeiramente, é uma forma de acreditar que você é amado por alguém.

Quando uma pessoa vive o autoamor, sente seu merecimento em viver relacionamentos com liberdade de escolha e em estar. E o amor está dentro, que é muito diferente de estar fora! Para me sentir bem é importante estar bem sendo quem sou!

Essas crenças ou padrão mental podem limitar as suas relações e criar armadilhas emocionais que distanciam você do que realmente almeja: viver o amor!


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Márcia Resende é Graduada em Psicologia, Pós graduada em Criatividade e Cultura Corporativa e especialista em Recursos Humanos (USP/SP). É Sócia Diretora do Instituto de Thalentos e possui MBA em Marketing. Conselheira, Mediadora e Coaching de atuação estratégica. Idealizadora do método da Engenharia da Felicidade e do método de Coaching eficaz com PNL. É instrutora dos cursos de formação em PNL (Practitioner em PNL, Máster em PNL e Trainer Advanced em PNL).


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