Mordidas na creche: o que fazer?
- Andréia Krug
- 28 de mar. de 2018
- 2 min de leitura

O hábito de morder é normal em crianças com idades entre 1 e 2 anos e meio. Entretanto, nem sempre é compreendido e tolerável, isto porque, mesmo que aconteça de vez em quando, a mordida pode ser tornar frequente, o que pode causar preocupação entre pais e educadores.
Antes de qualquer intervenção, precisamos entender que a criança que morde não faz por maldade e, além disso, é necessário analisar cada situação. São várias causas que levam a criança a morder: o surgimento da dentição, nascimento de um irmão, disputa pelo mesmo brinquedo, a chegada de um colega novo, tentativas de chamar a atenção da professora, espaço reduzido para brincar e correr.
Outro motivo que a criança morde, está relacionado com a fala, que não está totalmente desenvolvida, ou seja, ela ainda não consegue verbalizar sentimentos de raiva ou descontentamento. Portanto, as agressões físicas como empurrões, puxões e as mordidas são recursos mais rápidos para responder a um desejo imediato ou contrariado.
Mas como evitar que a criança morda seus companheiros?
Para evitar esse tipo de situação, é bom sempre estar perto dos alunos na hora de compartilhar os brinquedos. Quando perceber que uma criança vai morder a outra, procure afastá-la do coleguinha. Ofereça outros brinquedos ou, se possível, ter na sala de aula brinquedos iguais para diminuir as disputas.
No caso do nascimento dos dentes ou na fase da exploração, dê coisas para a criança morder até se acalmar, como um mordedor, biscoitos ou cenouras.
Com crianças de 2 a 3 anos de idade, você pode explicar que não se deve morder pois machuca o colega. Também pode chamar a criança que mordeu para cuidar do machucado que causou no companheiro. Assim esta vai aprender as consequências das suas ações.
Procure incentivar as crianças a expressarem seus desejos e sentimentos. Desta forma, as mordidas vão, pouco a pouco, sendo substituídas pelo diálogo.
Evite situações que irritam ou cansam as crianças como fome, sono e longos períodos de espera entre uma atividade e outra.
Jamais rotule a criança de “malvada” ou de “monstrinho”. Muito menos morder sua mão ou pedir que o coleguinha que foi mordido faça o mesmo como forma de corrigir esse comportamento. Pelo contrário, o certo é ajudá-la na mudança de atitude.
Quando as mordidas passam a ser mais persistentes, o ideal é chamar os pais do aluno para investigar as causas e fazer os encaminhamentos necessários, pois a mordida pode estar camuflando problemas emocionais e de comportamentos, ou situações bastante sérias como estar testemunhando ou sendo vítima de agressões físicas.
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Andréia Krug é Graduada em Psicologia na Universidade Luterana do Brasil (ULBRA), Pós-graduada em Psicopedagogia Clínica e Institucional na Universidade Ritter dos Reis (UniRitter) e com especialização em Psicologia Jurídica (ClipMed). CRP 07/14023. Atende crianças, adolescentes e adultos utilizando a Terapia do Esquema. Realiza orientação de pais e atendimento de orientação on-line. Faz consultoria escolar, avaliação psicológica, palestras e workshops.
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