Quando o medo de ir à escola vira fobia
- Andréia Krug
- 14 de mar. de 2018
- 2 min de leitura

O retorno às aulas, pode ser motivo de alegria para muitas crianças, de poder reencontrar com os colegas, e de aprender coisas novas. Entretanto, pode gerar medo em outras, ao ponto de ser paralisante, prejudicando de permanecerem na escola.
A recusa de ir à escola, em determinadas situações, pode ser considerada normal, como no caso de ser a primeira vez que a criança vai à aula, ou, de estar começando numa escola nova. Nestes casos, nas primeiras semanas, esta poderá demonstrar medo, mas se os pais e a instituição escolar oferecer apoio e segurança, ela vai se adaptar com tranquilidade. Agora, se passou do tempo de adaptação normal (máximo de 2 meses) e a criança ainda apresenta pavor em ter que ir à aula, pode estar apresentando fobia escolar.
A fobia escolar é uma ansiedade antecipatória que precede a permanência em sala de aula. Este medo deve ser persistente e incontrolável, que pode se manifestar por crises de choro, irritabilidade, insônia, pesadelos, dores de cabeça, alergias, vômitos, diarreia, tremores, suores, com intensificação dos sintomas quando se aproxima do horário de ir para a escola.
As causas da fobia escolar podem estar ligadas a fatores genéticos, no entanto, mudanças de escola, um professor mais severo, conflitos com colegas, bullying, estão relacionados com o surgimento da fobia escolar. Porém, o divórcio dos pais, mudança de casa, morte de um familiar, ou até mesmo, a preocupação excessiva de alguns pais com a separação com os filhos, são outros fatores que podem causar o medo em relação à escola.
O que os pais podem fazer para ajudar a criança com fobia escolar?
Em primeiro lugar, os pais precisam ser compreensivos e tentar entender quais são os motivos da criança de não querer ir à escola e não tratar o medo como algo banal. Do contrário, pode só agravar o problema.
É importante nunca prometer algo em troca para convencer a criança, ou obrigá-la a ir à aula. O melhor a fazer é incentivá-la, respeitando seu momento. Procure tranquilizar seu filho dizendo que no final do dia irá busca-lo.
Seja pontual e esteja no horário quando terminar a aula, pois evita o medo da criança se sentir abandonada ou esquecida pelos pais.
A escola também pode ajudar a diminuir o medo da criança, promovendo uma readaptação gradual para que esta, aos poucos, vá se incorporando ao ambiente de sala de aula.
O ideal é procurar ajuda psicoterapêutica para diminuir o medo exacerbado do seu filho, através da modificação dos pensamentos que geram respostas emocionais intensas, agindo de forma mais realista frente à suas dificuldades.
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Andréia Krug é Graduada em Psicologia na Universidade Luterana do Brasil (ULBRA), Pós-graduada em Psicopedagogia Clínica e Institucional na Universidade Ritter dos Reis (UniRitter) e com especialização em Psicologia Jurídica (ClipMed). CRP 07/14023. Atende crianças, adolescentes e adultos utilizando a Terapia do Esquema. Realiza orientação de pais e atendimento de orientação on-line. Faz consultoria escolar, avaliação psicológica, palestras e workshops.
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