Amor: porque mulheres e homens sofrem nos relacionamento afetivos?
- Márcia Resende
- 2 de mar. de 2018
- 3 min de leitura

“Para transformar o amor em merecimento é importante primeiro ter auto amor”
O tempo avança e, mesmo com tantas evoluções tecnológicas, ainda temos dilemas que remetem ao inicio do século passado no que diz respeito aos nossos sentimentos e ao relacionamento afetivo.
Acredito que em grande parte por termos “pouca”habilidade para lidar com os nossos sentimentos, o sentir amor, carinho, desejo, alegria e felicidade é quase visto como uma ameaça, por serem colocados tão distante da nossa condição humana.
O primeiro paradigma está em acreditar que o amor é um sentimento que poucos ou quase “ninguém” irá vivê-lo, pois a falta de confiança em si próprio constrói os infortúnios para a relação a dois.
Quando ouço alguém falar que é impossível confiar em alguém, estamos diante da primeira forma doce de distanciar-se do amor. Quando uma pessoa faz essa citação com tanto vigor, esquece que ela também é alguém, sem considerar que está desconfiando do seu próprio sentir, agir e intenções.
Esse poderia ser o primeiro foco para viver uma relação verdadeiramente amorosa, compreender que para desenvolver confiança nas pessoas é importante ter autoconfiança, assim o amor poderá ser sentido com liberdade, começando com o amor próprio ou como gosto de chamar: auto amor!
Segundo paradigma importante a ser transformado para que possamos viver a felicidade no amor: desprender-se do controle. Estamos acostumados a chamar de amor algo muito diferente, que é o controle sobre o sentir e, na sua sofisticação, existe o controle do outro, que intitulamos como carinho, cuidado, importar-se .. enfim, criamos nomes de doação para uma manipulação. E quando a outra parte sente-se sufocada ou desconfortável com as ações sutis de controle, há ameaças veladas ou explícitas ou, em extremos, há uma vitimização.
Quantas vezes a frase singela é colocada: “Faço tudo para você ficar feliz e não tenho nada em troca!” ou “Tenho tanto amor que quero cuidar do seu bem estar e você não entende”.
O amor é diferente de controle. Certamente, o que faz as pessoas se perderem nesse sentir é o medo de amar, pois para tal vivência, o coração solicita antes de tudo uma entrega para sentir sem a garantia que o outro irá fazer o que você deseja.
Alias, vale lembrar que amor é realmente doar-se ao sentir, que é diferente de doar-se ao outro!
Doar-se ao sentir é viver o amor como um sentimento que te faz melhor como pessoa, pois o olhar do amor é sensível às possibilidades e às diferenças.
O sentir do amor traz nutrição que independe do outro, está dentro de você! Naturalmente, temos o desejo em vivenciar o amor em sintonia com a pessoa amada. Porém, quando existe amor, isso está longe de ser uma cobrança ou gerar insegurança. Afinal, o amor tem leveza e compreensão quando estamos em equilíbrio.
Para sentir o amor, é importante sermos dotados de “coragem", que é a ação que vem do coração, para se entregar ao sentir, liberto de expectativas do que a “pessoa amada“ irá fazer.
Agora, sempre temos a liberdade de realizar escolhas quando estamos em auto amor. Quero também realçar que, quando há auto amor, sentimos amor por quem está na mesma vibração que a nossa, o que significa que aumentamos nossas chances de viver um amor adulto e livre para sermos o melhor, primeiro para nós e depois para o outro!
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Márcia Resende é Graduada em Psicologia, Pós graduada em Criatividade e Cultura Corporativa e especialista em Recursos Humanos (USP/SP). É Sócia Diretora do Instituto de Thalentos e possui MBA em Marketing. Conselheira, Mediadora e Coaching de atuação estratégica. Idealizadora do método da Engenharia da Felicidade e do método de Coaching eficaz com PNL. É instrutora dos cursos de formação em PNL (Practitioner em PNL, Máster em PNL e Trainer Advanced em PNL).
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