O que é o transtorno opositivo desafiador? | 2/3
- Andréia Krug
- 28 de fev. de 2018
- 2 min de leitura

O transtorno opositivo desafiador é um distúrbio infantil que surge antes dos oito anos de idade. Diferente da birra, que é um comportamento normal em crianças pequenas, o transtorno opositivo desafiador se caracteriza por ataques de raiva, desobediência, oposição e hostilidade. Geralmente, a criança parece estar sempre irritada, querendo fazer as coisas ao seu modo. Costuma perder a paciência facilmente. Tende a pôr a culpa nos outros, quando não tolera ser frustrada. Além disso, tem sérios problemas de relacionamentos com a família e com demais pessoas.
A manifestação do transtorno opositivo desafiador aparece mais no ambiente escolar, onde a criança apresenta bastante resistência em participar das atividades de sala de aula. Quando contrariada, demonstra comportamento desafiador através de agressões verbais. Também é impopular com os colegas, sendo rejeitada por estes. Pode ter problemas acadêmicos, pois prefere fazer tudo sozinha, não pedindo auxílio do professor.
O transtorno pode ter causas genéticas ou ambientais, entretanto, o excesso ou a falta de limites pode contribuir para o surgimento da doença. O distúrbio tem um curso crônico, podendo perdurar ao longo da vida, causando sérias dificuldades sociais, acadêmicas e ocupacionais.
Contudo, o transtorno opositivo desafiador não só afeta a criança, como também os pais, pois, o problema psicológico do seu filho causa um sentimento de impotência nestes, acarretando um desgaste emocional. Isto porque evitam de sair com a criança devido ao seu comportamento intempestivo e dos “olhares recriminatórios” das outras pessoas.
No momento de dar ordens, procure não discutir com a criança ou castigá-la, pois isto, pode deixá-la mais irritada. O melhor, é estabelecer um diálogo direto, firme, sem ser agressivo, de preferência, olho no olho, mostrando para seu filho quem é que manda. Coloque regras claras e objetivas, evitando ficar se justificando ou prologando a conversa. Sempre que possível, explique para ela o porquê de suas decisões, fazendo-a entender as razões de determinadas regras e escolhas.
Outra forma de ajudar a criança é valorizar o que ela sabe fazer de melhor através de elogios, ressaltando suas características positivas.
Procure também, manter um ambiente tranquilo e organizado, pautado no afeto e sem conflitos, onde os pais devem servir de bons exemplos que a criança possa copiar e seguir.
O ideal é que a criança tenha acompanhamento psicológico, que ajude a diminuir o comportamento de oposição, estimulando o entendimento da importância de respeitar regras e as figuras de autoridade.
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Andréia Krug é Graduada em Psicologia na Universidade Luterana do Brasil (ULBRA), Pós-graduada em Psicopedagogia Clínica e Institucional na Universidade Ritter dos Reis (UniRitter) e com especialização em Psicologia Jurídica (ClipMed). CRP 07/14023. Atende crianças, adolescentes e adultos utilizando a Terapia do Esquema. Realiza orientação de pais e atendimento de orientação on-line. Faz consultoria escolar, avaliação psicológica, palestras e workshops.
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